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Probabilidade de ter cancro aumenta com o envelhecimento?

À medida que envelhecemos, todo o nosso corpo sofre alterações e muitas dessas mudanças são percetíveis. Com as nossas células, este comportamento não difere! Assim, como em todo o nosso organismo, elas também envelhecem e têm mais dificuldade para “combater” as mutações celulares, por exemplo. Desta forma, a probabilidade de ter cancro aumenta com o envelhecimento.

Isto poderá explicar-se porque, com essas dificuldades, as células passam a receber instruções erradas e não respeitam os limites dos seus órgãos de origem. Desta forma, chegam à corrente sanguínea e atingem outros órgãos e tecidos.

Considerando a idade um dos fatores de risco para os variados tipos de cancro, no artigo de hoje falaremos sobre o tema, trazendo informações sobre o que é o cancro, as suas principais causas, fatores de risco, formas de prevenção, a importância do diagnóstico precoce, as formas de tratamento e, claro, sobre o porquê das hipóteses de cancro aumentarem com a idade.

Continue a leitura para entender melhor!

O que é o cancro?

O cancro é caracterizado pelo crescimento desordenado das células. Trata-se de um grupo de mais de 100 doenças que têm em comum essa característica.

Diferindo das células normais, que possuem uma divisão mais lenta, as células cancerígenas podem dividir-se de forma rápida e indefinida.

Assim, pela velocidade com que se multiplicam, essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, o que faz com que o cancro se possa disseminar pelos tecidos e órgãos vizinhos ou distantes, condição a que chamamos metástase.

A formação do cancro pode demorar vários anos, sendo que a esse processo damos o nome de carcinogéneo ou oncogénese.

Agora que entendemos um pouco melhor sobre o cancro, vamos conhecer as suas principais causas?

O que causa o cancro?

O cancro não possui uma causa única. É geralmente originado por alterações genéticas ou, como citamos, por problemas na divisão celular, processo natural que acontece com o nosso corpo a cada segundo.

Assim, fatores externos ou internos ao organismo podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

Conforme o Registo Oncológico Nacional, RON, 80% a 90% dos casos de cancro estão associados a causas externas, ou seja, estão presentes no meio ambiente. Entre elas, podemos citar os hábitos, rotinas e qualidade de vida da própria pessoa.

Já as causas internas são, na sua maioria, pré-determinadas, ligadas à capacidade do organismo se defender de agressões externas. Como exemplos, temos as hormonas, as condições imunológicas e as mutações genéticas.

Outros agentes bem conhecidos que apresentam relação com o surgimento de cancros são:

Exposição ao sol: pode originar e aumentar o risco de cancro de pele; Tabagismo: pode originar cancro de pulmão; Bebidas alcoólicas: estão relacionadas a vários tipos de cancro, tais como, boca, estômago, laringe e fígado; Alguns vírus: como o HPV, relacionados com o desenvolvimento de cancro do colo do útero e cancro de pénis.

Tipos de cancro

Como já citamos ao longo desse artigo, existem mais de 100 tipos de cancros diferentes. Eles podem afetar qualquer parte do corpo e atingir pessoas de todas as faixas etárias.

A seguir, referimos alguns deles:

  • Cancro da Bexiga
  • Cancro da Boca
  • Cancro do Colo do útero
  • Cancro Colorretal
  • Cancro do Esófago
  • Cancro do Estômago
  • Cancro do Fígado
  • Cancro do Intestino
  • Cancro da Laringe
  • Leucemia
  • Linfoma
  • Cancro da Mama
  • Cancro do Ovário
  • Cancro do Pâncreas
  • Melanoma (Cancro de Pele)
  • Cancro de Próstata
  • Cancro de Pulmão
  • Cancro do Testículo
  • Cancro da Tiróide

    Fatores de risco

    Fator de risco é qualquer situação que aumenta a probabilidade de uma pessoa desenvolver qualquer doença/condição, ou o seu agravamento.

    Um mesmo fator pode ser de risco para várias doenças. Dessa forma, no caso do cancro, eles vão depender muito do tipo de doença em questão.

    De forma geral, alguns dos principais principais fatores de risco são:

  • Tabagismo
  • Alimentação não saudável
  • Ingestão de bebidas alcoólicas
  • Infeções
  • Histórico familiar
  • Sedentarismo
  • Idade

    Sobre o último fator mencionado, que tal entendermos melhor a relação da idade avançada com o surgimento do cancro? Confira no tópico a seguir.

    Por que a probabilidade de ter cancro aumenta com o envelhecimento?

    Todos os órgãos a tratar, assim como os oncologistas, apresentam o envelhecimento como um dos principais fatores de risco para o cancro.

    Segundo o American Cancer Society, aproximadamente 60% dos tipos de cancro afetam pessoas com 60 ou mais anos.

    "Mas por que isso acontece?", vamos explicar melhor.

    O envelhecimento está ligado ao aumento da incidência de cancro, devido a diversas alterações fisiológicas relacionadas com a idade. Uma delas, já citada, é a dificuldade que as células têm de combater as mutações celulares. Isso faz com que elas recebam informações erradas e não respeitem os limites dos seus órgãos de origem, indo até a corrente sanguínea e atingindo outras partes do corpo.

    Adicionalmente, alterações moleculares combinadas a fatores oncogénicos favorecem a proliferação celular, podendo provocar o aparecimento do cancro em idosos.

    Outro motivo pelo qual a probabilidade de ter cancro aumenta com o envelhecimento é porque, conforme já citado, a formação do tumor pode demorar vários anos. Assim, os hábitos adquiridos ao longo da vida, que favorecem a ocorrência do cancro, podem trazer essa consequência na velhice.

    Com o passar dos anos, o nosso sistema imunológico também sofre alterações. Dessa forma, tem maiores dificuldades em reconhecer uma célula invasora.

    Por todos estes motivos é que referimos que a probabilidade de ter cancro aumenta com o envelhecimento.

    É possível prevenir o cancro?

    É importante realçar que, nada do que façamos ou deixemos de fazer, é garantia para uma vida sem cancro. Mas, considerando os seus fatores de risco, algumas medidas podem ajudar a evitar a doença.

    O nosso estilo de vida interage bastante com a nossa genética, e quando há um equilíbrio entre elas, conseguimos prevenir diversas condições.

    Quando adotamos hábitos saudáveis, como uma alimentação mais natural, ingestão de água, introdução de atividades físicas, manutenção de um peso saudável e diminuição da exposição solar, por exemplo, contribuímos com a nossa saúde e, consequentemente, prevenindo a formação de tumores.

    Além disto, manter o boletim de vacinas atualizados, além de realizar consultas e check-up periódicos, também é fundamental para a manutenção da saúde.

    A importância do diagnóstico precoce

    Quando falamos em qualquer tipo de doença, quanto mais precocemente for diagnosticada, maiores as hipóteses de sucesso no tratamento. Com o cancro não é diferente.

    Quando falamos de uma doença que progride de forma muito rápida, identificar o cancro no seu estadio inicial é muito importante.

    O diagnóstico precoce é, portanto, uma forma que poderá possibilitar tratamentos mais simples, para conseguir garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente oncológico.

    Desta forma, é importante ficarmos atentos a qualquer alteração no nosso organismo e procurarmos auxílio médico não apenas na existência dos sintomas, mas também de forma preventiva e regular.

    É valido lembrar que alguns tipos de cancro são rastreados, ou seja, são feitos exames mesmo que não existam sinais e sintomas da doença. É o caso, por exemplo, do cancro do colo do útero e do cancro de mama.

    Tratamento

    O tratamento para o cancro dependerá muito do estadio, tipo de doença e condição de saúde do paciente. De forma geral, é feito a partir de uma ou várias terapias combinadas.

    Entre as principais formas de tratamento, podemos citar: Cirurgia oncológica: é realizada a excisão do tumor (total ou parcial) e também pode ser feita para descomprimir algumas estruturas importantes para o organismo; Radioterapia: a radiação é utilizada para destruir o tumor maligno, ou impedir que ele cresça; Quimioterapia: medicamentos são utilizados para destruir as células cancerígenas. Ela pode ser administrada de forma oral, intravenosa, intramuscular, subcutânea, entre outras…

    É importante lembrar que somente um especialista poderá indicar o tratamento mais adequado, conforme a localização, tipo de cancro e extensão da doença.

    Cada tratamento é individualizado. Assim, mesmo que dois pacientes apresentem o mesmo tipo de cancro, as formas de tratamento podem ser distintas.

    Não subestime a sua saúde! Seja a sua prioridade e cuide do seu corpo de forma geral, evitando, assim, grandes complicações.

    E não se esqueça que pode sempre contar com a Magnus para a sua saúde! Os nossos exames e consultas com especialistas podem auxiliar na avaliação, diagnóstico e tratamento de várias doenças.

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