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Outubro Rosa e a importância do diagnóstico precoce

Outubro é o mês dedicado à campanha Outubro Rosa, que procura sensibilizar a consciencialização das mulheres sobre a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama. Trata-se do tipo de cancro que afeta mais mulheres em todo o mundo, tendo sido reconhecido, como o cancro mais frequentemente diagnosticado. Em Portugal são anualmente detetados cerca de 7.000 novos casos de cancro da mama, e cerca de 1.800 mulheres morrem com esta doença. Assim, é indispensável qua doença seja diagnosticada nos seus estadios iniciais. Consultas de rotina e exames de “check-up” são fundamentais para evitar qualquer risco de avanço e aparecimento de doenças graves, como o cancro da mama, por exemplo. Vamos portanto, esclarecê-lo(a) melhor sobre essa prevenção e sobre o Outubro Rosa? Continue a leitura deste artigo.

Entenda a campanha Outubro Rosa

O Outubro Rosa é uma campanha mundial cujo objetivo é consciencializar a população sobre a importância dos cuidados de prevenção do cancro da mama. Esta campanha teve início com a Fundação Susan G. Komen for the Cure, de Nova Iorque, nos Estados Unidos, em 1990. A Fundação organizou uma corrida pela cura do cancro da mama e, no evento, foram distribuídas fitinhas rosas. Por esse motivo, o laço rosa passou a ser o símbolo da campanha. A partir daí, outras organizações também aderiram à causa ao longo dos anos, de modo a divulgar a importância do diagnóstico precoce e o acesso a serviços direcionados à prevenção da doença, por exemplo.

Cancro da Mama

O cancro da mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais no tecido mamário, dando origem a um tumor com grande potencial de malignidade, muitas vezes invasivo noutros órgãos. Existem vários tipos de cancro da mama, e em geral, a sua classificação considera se ele é ou não invasivo. O cancro da mama não invasivo é aquele que está contido em algum ponto da mama e não se dissemina por outros órgãos, uma vez que a membrana que reveste o tumor não é rompida. Por outro lado, o cancro de mama invasivo acontece quando a membrana se rompe. Assim, as células cancerígenas invadem outras regiões e locais do organismo. É importante relembrar que qualquer cancro se pode tornar invasivo.

Sintomas:

Na sua fase inicial, o cancro da mama, na maioria das vezes, não manifesta sinais. Porém, os sintomas podem variar conforme o tamanho e estadio do tumor, por exemplo. Assim, entre os principais sintomas estão:

  1. Presença de nódulo ou “caroço” indolor;
  2. Mudança na cor do mamilo;
  3. Corrimento de líquido pelo mamilo;
  4. Edema ou alteração no tamanho de uma das mamas;
  5. Aparecimento de íngua na axila (inflamação das glândulas produtoras de suor);
  6. Formação de crostas ou feridas na pele junto ao mamilo;
  7. Alteração na cor ou forma da aréola;
  8. Aparecimento de veias na mama que aumentam de tamanho;
  9. Comichão na mama ou no mamilo;
  10. Presença de um sulco na mama;
  11. Mudança nas características da pele da mama, como cor mais avermelhada ou pele mais dura.

Fatores de Risco:

Qualquer pessoa pode desenvolver o cancro da mama, inclusive homens. Porém, alguns fatores considerados de risco são:

  • Idade acima dos 50 anos;
  • Histórial familiar de cancro da mama;
  • Obesidade e estilo de vida sedentário. Além destes, outros fatores considerados alteráveis, também merecem a nossa atenção:
  • Mulheres com o primeiro filho após os 30 anos;
  • Mulheres que não amamentam;
  • Terapêutica de substituição hormonal;
  • Obesidade;
  • Consumo de álcool;
  • Hábitos Tabágicos;
  • Sedentarismo.

    Diagnóstico:

    O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar o sucesso no tratamento do cancro da mama. Quando descoberto e diagnosticado numa fase inicial, a doença tem cerca de 95% de hipótese de cura. Os exames de imagem desempenham um papel fundamental na deteção do cancro ou alguma alteração mamária. Entre eles, podemos referir a:

    1. Mamografia
    O principal exame de imagem para o diagnóstico de cancro da mama. Ele permite avaliar nódulos e calcificações nos seios. A mamografia deve ser realizada anualmente a partir dos 50 anos para mulheres assintomáticas e sem histórico familiar da doença. Já para as mulheres com predisposição devem iniciar a rotina anual de exames, a partir dos 25 anos (a contectualizar clinicamente). 2. Ecografia A ecografia mamária é um exame imagiológico que permite avaliar a glândula mamária, criando imagens do tecido mamário através de ondas sonoras, sem recurso a radiação ionizante, pelo que não representa qualquer risco para quem o faz. É geralmente, indicada (juntamente com a mamografia), em caso de manifestação de sintomas, como nódulos palpáveis, corrimento mamilar e a inversão do mamilo.
    1. Ressonância Magnética
    A ressonância magnética é recomendada para investigar partes moles do corpo, que só conseguem serem visualizadas por meio dessa técnica. Assim, a imagem transversal, permite uma análise em diferentes ângulos e detalhada da região mamária. É uma técnica avançada, não invasiva, no diagnóstico da doença mamária, na avaliação de implantes e glândula mamária envolvente, seguimento de doentes tratados por carcinoma da mama e na avaliação de mama densa em pacientes de alto risco.

    Autoexame:

    Embora o autoexame não permita fazer o diagnóstico precoce do cancro da mama, ele é fundamental para a mulher conhecer melhor o seu corpo e notar qualquer alteração. Assim, recomenda-se que seja feito uma vez por mês, todos os meses, entre o 3º e o 5º dia depois da menstruação. Ele pode ser feito por todas as mulheres após os 20 anos, com historial familiar de cancro, ou com mais de 40 anos, sem antecedentes de cancro na família. O autoexame também pode ser feito por homens, já que este grupo também pode ser afetado por este tipo de cancro. Damos as dicas passo a passo para o autoexame em pé, durante o banho, com o corpo molhado e as mãos ensaboadas:

    1. Levantar o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça;
    2. Apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita;
    3. Repetir estes passos para a mama do lado direito.
    Ao detetar qualquer alteração, não desespere e fique em pânico. É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama é relativamente comum. No entanto, se o nódulo for aumentando ao longo do tempo ou causar-lhe outros sintomas, pode indiciar alguma preocupação, devendo portanto, ser investigado.

    Tratamento:

    O tratamento para o cancro da mama é determinado a partir da presença ou ausência de recetores hormonais, do estadiamento do tumor e se já apresenta, por exemplo, o diagnóstico com presença ou não de metástases. Neste sentido, referimos abaixo, os principais tratamentos indicados:

    Tratamentos locais

    A terapia local visa tratar um tumor localmente, sem afetar o resto do corpo. Assim, os tipos de terapia local utilizados para o cancro de mama incluem:
  • Cirurgia
  • Radioterapia.

    Tratamentos sistémicos

    Por sua vez, a terapia sistémica refere-se ao uso de medicamentos que podem ser administrados via oral ou diretamente na corrente sanguínea para atingir as células cancerígenas em qualquer parte do corpo. Dependendo do tipo de cancro de mama, diferentes tipos de tratamentos sistémicos podem ser utilizados, incluindo:
  • Quimioterapia.
  • Hormonoterapia.
  • Terapia alvo.
  • Imunoterapia. Em síntese, cancro é uma doença que pode ser evitada por mudanças no seu estilo de vida, por exemplo. Assim, tornam-se importantes adotar mecanismos de prevenção: realizar consultas periódicas, exames de imagem e a adoção de hábitos saudáveis – o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, tabagismo e a falta de uma dieta saudável predispõem vários tipos de tumores. A doença pode assustar e ser um momento difícil. É muito importante que conte com uma rede de apoio, afinal, essa não é uma batalha solitária. A Magnus está consigo! Isto tudo para assegurar a sua saúde, como o nosso maior compromisso! Marque o seu exame. Entre em contacto  connosco!